Municípios


Guarantã do Norte - MT

A abertura da BR-163, na década de 70, proporcionou a penetração e abertura de todo o norte mato-grossense. Guarantã do Norte nasceu do assentamento agrário realizado pela Cooperativa Tritícula de Erechim Ltda e Incra. Em 1980 chegaram as primeiras famílias vindas do Rio Grande do Sul que formaram a Vila Cotrel, logo em seguida chegaram os brasiguaios. Em 2 de junho de 1982 moradores da região e autoridades representativas de órgãos estaduais lavraram a ata de fundação e em 1984 a vila foi elevada a categoria de distrito de Colíder. No dia 13 de maio de 1986 Guarantã do Norte transformou-se em município. O nome foi escolhido por existirem em abundância nas matas da região uma espécie de árvore popularmente conhecida por este nome, o norte foi acrescentado para diferenciar de um homônimo existente no estado de São Paulo . O município está crescendo e conta hoje com uma população estimada em 32.950 habitantes. O município nasceu com um ideal agropecuário e hoje fortalece cada vez mais este setor, principalmente com a preocupação de preservação do meio ambiente.
Novo Progresso

O surgimento de Novo Progresso se deve a construção da rodovia Santarém – Cuiabá, que em 1973, rasgou a floresta amazônica. Em 1983, já se percebia um pequeno povoado, com uma igreja e um campo de futebol. O ano de 1984 representou a mudança total na economia do lugar, com a descoberta de um rico filão de ouro, atraindo milhares de pessoas à localidade. Nessa época o povoado chamava-se Progresso. Surfurino Ribeiro promoveu venda de lotes, sendo que o primeiro foi vendido para Antônio Reginaldo Araújo, que ergueu um bar e restaurante, atendendo ônibus e viajantes, com alimentos e camas para dormir. Dentre os pioneiros se destacam Otávio Onetta, comerciante e vereador da primeira legislatura; as professoras Nilda Araújo Prazeres e Doralina Ruaro. Também marcaram época Inácio de Lima e Valmor Dagostim, entre outros vários que deram seu sangue e suor por esta terra. A comissão Pró-emancipação foi criada em 1985, sendo presidente o Sr.Laurindo Blatt. O povoado foi elevado à categoria de Município, pela Lei Estadual nº 5.700, de 13 de dezembro de 1991, com território desmembrado de Itaituba e instalado em 1º de janeiro de 1993, com denominação de Novo Progresso.
Altamira

Apesar de se saber que mesmo antes de 1750 antigas Missões Jesuíticas já habitavam a região do Xingu, resultando no surgimento da Vila de Altamira, o primeiro registro formal de sua existência data de 14 de abril de 1874, que cria o município de Souzel, no qual se inseria a região que hoje compreende o município de Altamira. Pela grande extensão física e necessidades administrativas, em 6 de novembro de 1911 cria-se o município de Altamira. Altamira consolidou-se como centro polarizador do sul do estado. Sua origem oficial esteve diretamente ligada: a) à colonização das Missões Jesuíticas, na primeira metade do século XVIII; b) à extração de borracha que perdurou até a metade do século XX; e c) ao processo de interiorização do Brasil com a abertura da fronteira amazônica, a partir da década de 1970. Sua história extraoficial esteve ligada sempre à presença do indígena nesse território. Desde o período da borracha a rede urbana da região do Xingu estrutura-se a partir de Altamira. A agricultura – principalmente arroz, cacau, feijão, milho e pimenta-do-reino –, a extração de borracha e castanha-do-pará e a pecuária são as principais atividades econômicas do município. A região, entretanto, defronta-se com problemas econômicos e sociais à medida que não houve os investimentos necessários em infraestrutura. O ecoturismo tem um grande potencial no município, mas é muito pouco explorado10 . Em 1972 foi implantado nesse município o marco zero da Rodovia Transamazônica (BR-230) pelo presidente brasileiro Emílio Garrastazu Médici. Iniciava-se um período de intensa exploração da floresta amazônica, com assentamentos de colonos e abertura de vias terrestres, algumas já abandonadas e outras que geraram os município da região (Medicilândia, Anapu, Vitória do Xingu etc.).
Itaituba

A presença dos holandeses, franceses e ingleses, no estuário do rio Amazonas, concorreu para a permanência de portugueses no Pará e para a expedição de Francisco Caldeira Castelo Branco que, em 1616, fundou a cidade de Belém. Com a fundação da capitania, o governo expulsou os estrangeiros, tendo sido organizada várias expedições, para destruir os estabelecimentos que haviam sido criados e, dentre essas, quanto ao Município de Itaituba, a do capitão Pedro Teixeira, em 1626, é a mais importante, pois atingiu, pela primeira vez, o rio Tapajós, entrando em contato amigável com os nativos, em um sítio que, hoje em dia, é considerado como sendo a baía de Alter-do-Chão. Em 1639, Pedro Teixeira retorna ao rio Tapajós, seguido dos Jesuítas. Um forte, na foz desse rio, foi estabelecido por Francisco da Costa Falcão, em 1697, tendo os Jesuítas instalado, sucessivamente, as aldeias de São José ou Matapus, em 1722, São Inácio ou Tupinambaranas, em 1737, e Borari e Arapiuns, que se destacaram pelo desenvolvimento apresentado.
Trairão

O processo de ocupação da área onde está situado o Município de Trairão, teve início em 1972, com a abertura do Ramal Sul da BR-163 (Rodovia Santarém-Cuiabá). Já em 1974, os primeiros colonos que lá chegaram, reivindicaram ao INCRA, responsável pelo Programa de Colonização na região, uma área para ser o centro de apoio, onde se pudesse instalar escola, igreja, posto de saúde e posto de comercialização dos produtos agrícolas. Mesmo sem aguardar a devida autorização, em 1975 foram demarcados e ocupados os primeiros lotes urbanos e construída a primeira escola pela comunidade, na área já reservada para ser repassada à associação dos colonos e que viria a ser Vila de Trairão. Cada colono tinha direito a um lote de 15 x 30m nessa área, que anos depois foi doada à Associação Comunitária de Trairão (100 ha.) Em 1976, o processo migratório se intensificou (principalmente vindos do nordeste do país) tendo como atrativo a abundância de terras agrícolas. Esses colonos mesmo possuindo lotes rurais, residiam na vila que, espontaneamente, se formava. Nessa época, teve início o financiamento bancário para a lavoura de subsistência, acompanhado da assistência técnica promovida pela então ACAR-PA, hoje EMATER-PA. Dois anos depois, deu-se início ao plantio de cacau, incentivado pela CEPLAC, em convênio com a SAGRI e ACAR-PA. A colonização intensificou-se em 1982, com a abertura de vicinais. O início da produção de frutos em 1983, em conjunto com a produção de banana, feijão, mandioca, arroz e milho, proporcionara à região um certo progresso. A chegada de colonos vindos do Sul e Sudeste do país em 85, fez com que a pecuária ocupasse maior espaço na economia da região, período também em que começaram a se instalar grandes serrarias, explorando o potencial madereiro da área. Com a exploração de garimpos, cujo acesso se dava pela rodovia que corta o Município, Trairão experimentou uma expansão do comércio, especialmente de produto agrícola e de prestação de serviços, não obstante ter provocado um deslocamento da mão-de-obra, antes ocupada na agricultura, para a garimpagem. Devido ao significativo trânsito de pessoas sem vínculo com a área, houve aumento da violência. O piauiense Pedro Barbosa de Souza, que mora no local, desde 1975, conta que, para formar a vila, vieram 18 homens, que roçaram a área. Segundo o seu relato, quando se abriu a estrada havia um acampamento no Itapacurá e o pessoal vinha até o rio Amadeu pescar traíra (peixe de água doce) e, um certo dia, pegaram uma de 40 kg, e começaram a se referir ao rio, como Trairão. Quando houve necessidade de registrar a comunidade em cartório, foi consultada a população sobre o nome e foi escolhido Trairão.